domingo, 22 de dezembro de 2013

Inércia de valores I

Este exemplo aplica-se a qualquer país imperialista.

Numa conversa sobre o quanto injusto é actualmente um povo com historial imperialismo (como Portugal, com quase 600 anos), sofrer de retaliação por parte dos povos oprimidos, quando a independência destes já foi há (!) 38 anos (no caso de Angola).
Foram épocas diferentes, mentalidades diferentes... Hoje em dia já não pensamos assim e portanto não deviamos ser culpablizados actualmente pelos actos errados dos nossos antepassados.

Então dando exemplos extremos para se entender onde houve essa evolução e/ou progresso.

Quais sociedades ditas como civilizadas não fariam nenhuma distinção de superioridade ou inferioridade perante duas pessoas com apenas as seguintes caractristicas:

    HOMEM
    BRANCO
    HETEROSSEXUAL

    MULHER
    PRETA
    HOMOSSEXUAL


Mesmo quem diga que não faria nenhuma distinção, sabe óbviamente qual das pessoas ia ser marginalizada. E porquê? Porque apenas racionalmente é possivel negar que se faz distinção. Somos bombardiadas diariamente com informação da existência e caratristicas de um modelo superior, exigem-nos diariamente comportamentos respetivos ao grau atribuido segundo essa hierarquia. Até que finalmente os adoptamos, reconhecemos e irracionalmente acabamos por exigir.

Evolução (no dicionário):
1. Movimento de tropas, de navios, etc. (para mudarem de formatura ou de direcção).

2. Nova fase em que entra uma ideia, um sistema, uma ciência, etc.

3. Desenvolvimento ou transformação gradual e progressiva (operada nas ideias, etc.).

4. Movimento (em exercício ginástico).

5. Crescimento; desenvolvimento; aperfeiçoamento; exercício.

Progresso (no dicionário):
1. Marcha ou movimento para diante.

2. Adiantamento.

3. Desenvolvimento.

4. Movimento progressivo da civilização.

5. Aperfeiçoamento


Ambas as palavras transmitem ideia de um desenvolvimento em movimento positivo, que então, nenhuma delas se pode aplicar num argumento defendendo o estado de valores sociais, comparativamente à 600 anos atrás.
Nem tentando argumentar que aconteceu pela abolição da escravidão! Especialmente se são os países ditos civilizados que mais consomem "fast fashion".